segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dinheiro problemático

O dinheiro é assunto tão presente no nosso dia-a-dia e ao mesmo tempo tão desejado e perigoso, que deveríamos estar mais atentos para o que a Bíblia diz sobre ele.
Veja como se extrai facilmente nada menos do que nove lições sobre dinheiro, numa só passagem bíblica, no caso Eclesisastes 5.8-6.6. Para o texto brilhar mais aos seus olhos, sugiro acompanhar a leitura com a Bíblia aberta.


1. O amor ao dinheiro não tem limites, nunca satisfaz. (cap. 5, v.10)
Não é apenas o rico que nunca se satisfaz, mas qualquer um que ame ao dinheiro, mesmo um pobre. E embora difícil como agulha em palheiro, existem ricos que não amam o dinheiro.

2. Quanto mais dinheiro, mais pessoas ao redor, para se beneficiar dele. (cap. 5, v. 11a)
Quem tem dinheiro é constantemente assediado – na maioria das vezes por amigos falsos e interesseiros. Naturalmente isso incomoda a quem tem muito recursos, gerando desconfiança e até provocando um certo isolamento.

3. A partir de certo ponto, o máximo que o rico consegue é apenas olhar para os seus bens (cap 5, v. 11b)
O milionário não pode comer de maneira proporcional ao que possui. Nem vestir. Nem ter carros. Se tiver terras, mal olhará para elas. Sua riqueza passa a ser quase “psicológica”. E isso, é claro, não satisfaz o coração de ninguém.

4. O dinheiro torna-se motivo de grande inquietude, ansiedade, insônia. (cap. 5, v. 12)
Se você passa horas acordado pensando na sua falta de dinheiro, saiba que muitos ricos também ficam acordados pensando em dinheiro. Não na falta, é claro, mas em ganhar mais, em não perder, em como aplicar, como resolver a herança, como multiplicar.

5. O acúmulo de dinheiro é prejudicial (cap. 5, v. 13)
Juntar dinheiro mais e mais, é doentio. É Deus quem diz e ponto final!

6. O dinheiro é muito instável (cap. 5, v. 14)
Ter como objetivo de vida deixar dinheiro para os filhos é construir em base instável, não confiável. Dinheiro vem e dinheiro vai... e muitas vezes de modo muito mais fácil e rápido do que veio.

7. O dinheiro não é aproveitado na outra vida (cap. 5, v. 15-16)
Mesmo sendo uma afirmação óbvia, não é supérfluo lembrar. Muitos faraós e reis ordenavam que, quando morressem, matassem a própria viúva e também escravos, para acompanharam-nos até a outra vida. Não creio haver algum brasileiro qualquer faça isso, contudo muitos trabalham tão arduamente para ganhar mais e mais, que é como se fossem levar consigo o dinheiro, os carrões, os imóveis, tudo o que têm. Será que esqueceram que não levarão nada? Tolos!

8. O dinheiro não elimina males existenciais como enfado, doenças, ira, frustração. (cap. 5, v. 17)
Outra afirmação facílima de ser observada. É só conhecer ou ler um pouco sobre pessoas ricas. O lema do cidadão típico de hoje é: Ah se eu tivesse mais!, como se o dinheiro fosse resolver todos os seus problemas e realizar os seus mais dourados sonhos. Esse é um pensamento materialista e muito ofensivo a Deus.

9. É extremamente frustrante para quem tem dinheiro, não poder usufruir pessoalmente a riqueza e ver os outros usufruindo. (cap 6, v.1-6)
Salomão compara com um aborto o homem rico que deseja usufruir a sua riqueza e não pode. E conclui que a situação do rico ainda é pior, pois, mesmo tendo filhos e vivendo muito, ambos vão para cova e o aborto não sofreu como ele.

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Cuidado com o amor ao dinheiro, com as coisas, com os valores desta vida. Aí está a raiz de todos os males (1Tm 6.10).
E que venha de Deus não apenas o seu dinheiro – pouco ou muito -, mas também a capacidade de usufruir tudo o que você tem de maneira agradável a Ele.


Por: Mauro Clarck


Fonte: http://www.falandodecristo.com

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