Os acontecimentos daquele dia único na história deixaram três piedosas mulheres exaustas. Elas haviam acompanhado, do início ao fim, o julgamento e a morte do amigo mais chegado. Somada a tristeza do ocorrido e a sensação de não ter terminado uma tarefa importante, foi impossível para mulheres terem uma noite de sono tranquila. Assim, passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo (Mc 16.1-2). Como se não bastasse o desgaste do dia anterior, elas tinham mais um obstáculo a vencer. Como remover a pedra gigante na entrada da sepultura? Mesmo sem resposta, caminharam bem cedo em direção ao local que abrigava o corpo ferido do crucificado mais famoso de Jerusalém. Na medida em que se aproximavam da tumba, a preocupação crescia e diziam umas às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo? (Mc 16.3). Nessa altura talvez alguma delas tenha dito: “Não adianta. Não vamos conseguir remover a pedra!”. Sem considerar a voz da razão, ouviu-se o coração sangrento e foram.
Rompida a distância, agora já de frente ao túmulo, foram violentamente surpreendidas pela ausência da pedra. Sem querer descobrir quem a havia removido, correram tumba adentro. A cena encontrada aumentou o assombro. Elas viram um jovem assentado ao lado direito, vestido de branco, e ficaram surpreendidas e atemorizadas (Mc 16.5). Percebendo o desespero do trio, o anjo rapidamente tratou de animá-las dizendo: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto. Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que ele vai adiante de vós para a Galiléia; lá o vereis, como ele vos disse (Mc 16.6-7). Ouvindo isso e ainda sem recobrar o fôlego fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e de assombro; e, de medo, nada disseram a ninguém (Mc 16.8).
Algo em especial chama a minha atenção nessa experiência as cooperadoras de Jesus. Elas estavam preocupadas em como remover uma pedra que não existia. Esse caso mostra como os humanos são parecidos. Frequentemente se preocupam com coisas que não são reais, pedras que não existem. Neste exato momento, talvez você esteja se perguntando: “Quem removerá a pedra?”. Lembre-se que devemos enfrentar a preocupação porque ela nos priva de caminhar com segurança e enche nossa mente de dúvida e desânimo. A preocupação com a pedra impediu que elas se lembrassem da afirmação de Jesus, quando disse que iria ressuscitar e que deveriam confiar em sua Palavra. A confiança na promessa de Cristo deveria produzir descanso e esperança. Quando falta confiança, nos preocupamos.
É bem verdade que a este problema é fruto da nossa limitação. Aquelas mulheres tinham plena convicção de que não poderiam remover a Pedra. Mas, o desenrolar da história revela que o Senhor anda na frente removendo as pedras do caminho dos fracos, ainda que as elas sejam maiores do que nós. Por causa da nossa limitação, esquecemos que o Senhor caminha na nossa frente. Lembre-se que o Senhor continua sendo especialista em remover os obstáculos da nossa vida, sejam eles reais ou imaginários. Há alguma pedra enorme no seu caminho impedindo-o de ver a tumba aberta? Confie e descanse no Senhor. Ele remove pedras.
Pr. Humberto Medeiros
Fonte: www.igrejamanancial.com.br
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